O ano 2019 está agora a começar e, como tal, a MindSEO reviu as 10 principais tendências no online que deve conhecer para se preparar para as exigências do mundo digital em 2019.
Num ambiente cada vez mais orientado pela tecnologia, não se pode ignorar a influência do online nas ações diárias. Desde o controlo de objetos de casa através de dispositivos móveis, encontrar soluções para problemas através de inteligência artificial – recorrendo a chatbots, à utilização da voz para obter informações ou ouvir música, a tecnologia encontra-se em todo o lado e em constante progressão.
1. Crescente utilização de publicidade programática. A expansão dos canais de comunicação, aliada à crescente exigência de experiências mais personalizadas e frequentes por parte dos utilizadores, tem dificultado o processo de compra e venda. A publicidade programática vem mudar a forma como os anunciantes alcançam os seus públicos-alvo, recorrendo a tecnologias que automatizam as campanhas e a otimização dos anúncios, em tempo real ou quase real, com diferentes níveis de controlo e automação. De acordo com as Previsões de Marketing Programático da Zenith, a publicidade programática tenderá a crescer 19% face ao ano 2018, o que significa que aproximadamente 65% de todo o valor gasto em publicidade nos media digitais em 2019 será destinado à publicidade programática. Segundo o mesmo estudo, prevê-se que estes números cresçam, atingindo, em 2020, os 68%.
2. Mais conteúdo em vídeo como parte da estratégia digital. Segundo a AMA – American Marketing Association, o consumidor médio dos EUA é exposto a cerca de 10 000 mensagens de marcas por dia. A criação de conteúdo em vídeo de qualidade e adequado aos interesses do público-alvo apresenta-se como uma estratégia muito eficaz na exposição de uma marca, uma vez que retém a atenção e estimula o envolvimento do utilizador, gerando partilhas, cliques, leads e vendas. Não obstante, 70% dos gestores de conteúdo do UK consideram que o conteúdo em vídeo é uma prioridade a ter em conta na estratégia dos negócios em 2019.
3. Estar presente nos micro-momentos da jornada do consumidor. Resultado do impacto dos dispositivos móveis no comportamento do consumidor, a jornada do consumidor é agora fragmentada em centenas de micro-momentos. Segundo a Google são cerca de 150 micro-momentos por dia. Estes micro-momentos tornaram-se o caminho que leva os utilizadores a uma loja ou a um website, para tomar as mais diversas decisões – I-want-to-know, I-want-to-go, I-want-to-do, I-want-to-buy – daí ser fundamental para uma marca conseguir reter a atenção do consumidor e atender às suas necessidades nesses escassos segundos, os micro-momentos.
4. Necessidade de hiper-personalização das experiências digitais do consumidor. Atualmente, na “The Era of Individual”, os consumidores exigem uma personalização mais profunda por parte das marcas, garantindo uma melhor experiência e, consequentemente, a confiança e lealdade. O consumidor já não espera apenas que as marcas saibam identificar que canais digitais é que privilegia. Espera, sim, que sejam capazes de prever comportamentos e intenções. Um estudo da Accenture revela que 83% dos consumidores estão dispostos a partilhar dados pessoais em troca da hiper-personalização das suas experiências digitais, o que reflete o valor dado às experiências individualizadas e a oportunidade que isto representa para um negócio. No entanto, este processo exige soluções analíticas avançadas, o que faz com que o investimento na automação de marketing, como base da personalização, seja essencial.
5. Crescimento da pesquisa visual. A adaptação do consumidor aos avanços tecnológicos tem ditado mudanças ao nível da pesquisa online. A tendência aponta para uma pesquisa invertida, onde “uma imagem vale mais que mil palavras”, iniciando-se a pesquisa através de uma imagem em detrimento de texto. De acordo com um estudo da Slyce.it, 74% dos consumidores afirmam que a pesquisa apenas por texto é insuficiente para encontrarem os produtos que desejam. Não obstante, segundo Gartner, as marcas que, até 2021, redesenharem os seus websites para apoiar a pesquisa visual e por voz poderão aumentar em 30% a receita proveniente de eCommerce. Deste modo, a facilidade e rapidez de acesso à informação, bem como a necessidade de uma pesquisa mais interativa, fazem com que a pesquisa visual, sustentada por Inteligência Artificial e Machine Learning, seja uma grande tendência e preferência por parte dos utilizadores, pois na sequência de um estudo da ViSenze, 62% dos Millennials desejam pesquisa visual sobre qualquer outra nova tecnologia.
6. Fortalecimento do mobile-first para eCommerce. A conveniência é o principal fator pelo qual os consumidores fazem compras online. Nos últimos seis meses, segundo dados sobre eCommerce presentes no Statista, 79% dos consumidores que possuem um smartphone fizeram uma compra online recorrendo ao dispositivo móvel . Aliado a estes dados, a média de pedidos de compra em apps para dispositivos móveis é 140% maior do que em websites preparados para dispositivos móveis e 130% maior do que em desktops. Os smartphones têm-se vindo a tornar o meio de eleição para compras online e algumas empresas já estão a reagir, garantindo que o website está preparado para a visualização em dispositivos móveis ou optando pela criação de mobile shopping apps.
7. Google usa uma marca como fator de classificação. Como referiu o analista de tendências para webmasters da Google, Gary Illyes, a Google é capaz de perceber o que é uma marca e a sua interação com o público. Existem várias formas para que a Google entenda uma marca como uma entidade, seja através de menções sem links por parte de outras marcas, ou do contexto e sentimento, como reputação, confiança, publicidade, assistência ao cliente, entre outros fatores.
8. Proporcionar uma experiência holística de shopping. Os consumidores interagem com as marcas todos os dias, através das mais variadas plataformas, como e-mail, chat, redes sociais, website, aplicações, entre outros. Daí, é necessário desenvolver uma experiência holística de shopping, em que o consumidor possa comprar no sítio que lhe seja mais conveniente, sem que a qualidade da sua experiência digital seja influenciada pelo canal escolhido. Atualmente, as ferramentas e plataformas digitais disponíveis permitem que as marcas criem os seus próprios canais diretos, possibilitando que os consumidores interajam com estas a qualquer hora e em qualquer lugar, sendo isto exatamente o que os consumidores de hoje exigem.
9. Consolidação dos esforços em SXO – Search Experience Optimisation. A otimização da experiência de pesquisa do utilizador é hoje um fator decisivo na preferência dos utilizadores, uma vez que continuam a privilegiar os primeiros resultados. O Google procura soluções para os seus clientes, uma vez que é aqui que a experiência de pesquisa tem início. O utilizador pergunta e o Google fornece a resposta. Daí a tendência para a crescente utilização de IA na estratégia de conteúdo, assim como a Google utiliza a tecnologia RankBrain para classificar o conteúdo consoante a intenção de pesquisa, sempre com o objetivo de melhorar a experiência de pesquisa. Dominar a compreensão do público alvo e personas, entender o cliente ao detalhe, utilizar Inteligência Artificial e Machine Learning para analisar dados e medir além do clique constituem o ponto de partida para a otimização da experiência de pesquisa.
10. Avanços nos Smart Speakers. A pesquisa por voz continua a crescer e, segundo a Canalys, prevê-se que até 2020 hajam 225 milhões Smart Speakers instalados em casas, duas vezes mais do que em 2018. No futuro, devido a este crescimento de ano para ano, vão surgir oportunidades com potencial para empresas como Google, Amazon ou Apple, que fabricam os seus próprios sistemas. Uma interface de controlo total, de forma a permitir controlar todos os Smart Speakers através de uma única fonte, a automação dos dispositivos, a melhoria de algumas funcionalidades através de um maior suporte dos fabricantes e a manutenção inteligente que seja capaz de alertar para algum problema encontrado, constituem alguns avanços esperados destacados pelo AndroidPIT.
De ano para ano surgem novas tendências no online. Umas acabam por abrandar e outras apresentam um crescimento constante ou tem caráter intemporal, continuando a ser tendência nos anos seguinte.
A MindSEO identificou 10 tendências no online para 2018 e algumas delas vieram-se a confirmar, como é o caso da entrega da melhor e mais rápida experiência ao utilizador, a otimização da pesquisa por voz e a maior integração de tecnologias avançadas de inteligência artificial nos chatbots. No mesmo artigo foi ainda indicado que a Google iria classificar as páginas com base na versão móvel. De facto, em 26 de março de 2018 a Google anunciou o lançamento do primeiro “mobile-first index”. Isto significa que, a partir dessa data, o Google verifica primeiro a versão mobile do website aquando da indexação nos resultados de pesquisa. Por fim, a tendência da maior proteção da privacidade dos dados dos consumidores, confirmou-se no dia 25 de maio de 2018 pela entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) que substituiu a diretiva e lei de proteção de dados em vigor até então.